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Sinal de trânsito ou rotatória?

Sua empresa está mais para um sinal de trânsito (comando e controle) ou para uma rotatória (autonomia)?


Adorei essa metáfora que vi no livro Brave new work, do Aaron Dignan.


No livro, ele conta que quando duas ou mais ruas se cruzam existem duas formas mais comuns de se prevenir acidentes: semáforos e rotatórias.


A solução mais utilizada para esse problema são os semáforos. Só nos EUA são mais de 310.000 dispositivos, enquanto o número de rotatórias gira em torno de 1.100.


Segundo o autor, as crenças que estão por trás desses números são:


- as pessoas não podem se auto-gerenciar e precisam que alguém diga a elas o que fazer.

- Problemas complexos precisam de regras elaboradas e tecnologia de controle.

- É preciso um plano para cada cenário. Por isso, os sinais também podem ficar piscando ou mostrando setas.


O autor que ajuda a modelar sistemas de gestão baseados na autonomia para empresas como Airbnb e Microsoft, logo demonstra ser fã das rotatórias e faz ao leitor algumas perguntas provocativas:


- qual dos dois é mais seguro?

- Qual tem maior rendimento?

- Qual é mais barato de construir e manter?

- Qual funciona melhor quando a energia acaba?


Claro que a resposta pra todas as perguntas acima é a rotatória. Pra felicidade do autor, o amor que ele tem pela autonomia das rotatórias pode ser respaldado por bons dados: elas reduzem o número de acidentes com feridos em 75% e os acidentes fatais em 90%, por exemplo.


Comparando as duas soluções, ele diz que “em uma delas, as pessoas não precisam pensar, podem até escrever uma mensagem de texto. Enquanto na outra, os motoristas precisam permanecer presentes e são os únicos responsáveis pela própria segurança e a dos outros.”


Ainda em defesa das rotatórias, ele conclui:

- pessoas são confiáveis e confiam umas nas outras para tomarem as melhores decisões.

- Problemas complexos podem ser resolvidos com combinados simples: “a prioridade é de quem já está na rotatória”.

- Muitos imprevistos podem acontecer, mas as pessoas envolvidas são capazes de resolver.


E aí? Sua empresa está mais para um sinal de trânsito (comando e controle) ou para uma rotatória (autonomia)?

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